Eu costumava viver em mim mesmo, mas isso custava muito caro. Foi por isso que me mudei para a cabeça. Paguei menos, mas não era confortável lá - apertado pelas crenças; barulhento pelos pensamentos. Depois de muitos anos, voltei para o eu, mas descobri que o eu estava uma bagunça - espaços cobertos pela poeira da indiferença, sem ventilação, sufocados pela dor, um fungo de melancolia havia se acumulado nas paredes sem aquecimento. 3









